SALICACEAE

Azara uruguayensis (Speg.) Sleumer

Como citar:

Eduardo Pinheiro Fernandez; Tainan Messina. 2012. Azara uruguayensis (SALICACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

NT

EOO:

352.854,933 Km2

AOO:

76,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

No Brasil a espécie ocorre nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Marquete et al., 2012) e ocorre também na Argentina e Uruguai (Sleumer, 1980;Torres; Ramos, 2007). É considerada como possuindo uma larga, porém descontínua e inexpressiva dispersão (Klein; Sleumer, 1984).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Eduardo Pinheiro Fernandez
Revisor: Tainan Messina
Categoria: NT
Justificativa:

<i>Azara uruguayensis</i> (Speg.) Sleumer não é endêmica do Brasil, ocorrendo também na Argentina e no Uruguai. Aqui, ocorre amplamente distribuida no interiror de Florestas Ombrófilas densas e abertas pouco perturbadas, associadas aos Domínios Fitogeográficos Mata Atlântica e Pampa (Campos Sulinos). Seus registros indicam sua ocorrência ao longos dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A espécie ocorre em diversas Unidades de Conservação ao longo de sua extensa distribuição, de diferentes categorias e níveis de proteção. Porém, é dependente da qualidade do ambiente, e tem suas populações situadas em dois Domínios Fitoeográficos altamente impactados por diversas atividades antrópicas. Sendo assim, a espécie foi considerada Quase Ameaçada (NT). Estudos populacionais são necessários para uma avaliação de risco mais precisa.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

A espécie é conhecida vulgarmente por amargoso (Klein; Sleumer, 1984).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes:

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica, Pampa (Campos Sulinos)
Fitofisionomia: Ocorre em matas abertas em locais úmidos, em solos rochosos dentro ou na beira de rios (Klein; Sleumer, 198; Torres; Ramos, 2007).
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 3.5 Subtropical/Tropical Dry
Detalhes: Espécie arbustiva a árvore de pequeno porte, com madeira de gosto amrgo, com folhas persistentes, esciófila, flores bissexuadas, em plantas andromonóica ou possivelmente androdióicas, ocorrendo em locais úmidos e floresta pouco perturbada (Sleumer, 1980; Klein; Sleumer, 1984; Torres; Ramos, 2007).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4.3 Tourism/recreation
A ocorrência de turismopouco consciente em áreas de Campo de altitude vem gerando o estabelecimento descontroladode acampamentos, aberturas de trilhas e atalhos, uso inadequado do fogo ecoleta de espécies vegetais para uso ornamental. E como conseqüência oestabelecimento de espécies invasoras nestas áreas crescem vigorosamente,enquanto as espécies nativas não conseguem se restabelecer (Mocochinsky;Scheer, 2008). Ao longo dos últimos anos a cobertura nativa dessas áreas vemreduzindo significativamente, estima-se que a perda entre os anos de 2002 e2008 foi de aproximadamente 331 km² (MMA; Ibama, 2012).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1.4 Livestock
Os campos na região sudeste do Rio Grande do Sul possui solo com pouca profundidade, isso não permite a utilização do mesmo para o desenvolvimento de agricultura rentável economicamente. O desmatamento causado na área é gerado pela utilização do fogo e pelo corte de espécies arbustivas para utilização da mesma para a criação de gado (Caporal, 2006).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
​Rara. Lista vermelha da flora do Paraná (SEMA/GTZ-PR,1995).